Os Alunos Também Podem Fazer

OS ALUNOS TAMBÉM PODEM FAZER

 

Nestes três anos na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) tive o prazer de aprender algo muito importante: os alunos também podem fazer. A verdade é que, e por muito estranho que pareça, em 28 anos de escola, tive a honra de ser o primeiro aluno a secretariar o Conselho Pedagógico da ESHTE. O facto de existirem mais alunos a contribuir para a redação desta Newsletter é também sinal de que os ESHTudantes estão cada vez mais capacitados para serem voz da mudança e da inovação.

 

Assim, neste tempo, sinto que aprendi, não só no contexto académico letivo, mas também nas experiências que pude adquirir através da Tunística – Tuna Mista da ESHTE, da Comissão Pedagógica de Curso e do Conselho Pedagógico, da minha participação na Missão País, um projeto universitário para jovens católicos, mas acima de tudo no envolvimento prático na vida académica.

 

Orgulha-me, assim, dizer que, apenas dois meses findos da minha licenciatura, tenho já iniciado o meu percurso profissional, bem como a continuação da minha formação superior através do mestrado. Sinto que esta oportunidade acontece porque estudei na ESHTE, e porque me foi dada a capacidade de fazer, e não apenas saber. Crescemos mais enquanto alunos quando temos professores que acreditam nas nossas capacidades, e que somos capazes de colocar em prática o que aprendemos durante uma licenciatura no ensino politécnico.

 

Penso que essa capacitação de saber fazer é o mais importante para qualquer alumnus desta instituição que prima pela aprendizagem prática, tão característica do ensino politécnico. Desde o primeiro dia que me foi pedido para criar, inovar, mas de forma consciente e sabendo utilizar o que tão de seu tem uma região ou comunidade. Se enquanto profissionais somos requisitados a aproveitar sabiamente os recursos que temos à nossa disposição, também é importante que enquanto alunos o procuremos e aprendamos a fazer.


Isso passa por, para além de ser assíduo e participativo nas aulas, ser membro (pró)ativo da comunidade académica. Para melhor me fazer entender quero deixar claro que ser ativo não é só ir, mas sim fazer parte da viagem. Se estudamos que o turista é mais exigente na experiência que quer, também nós, enquanto estudantes e cidadãos, devemos ser mais exigentes com o que acontece na nossa escola e no nosso país. Aproveitem, alunos da ESHTE, os órgãos, núcleos e associações que têm à sua disposição, mais sabiamente ainda os alunos de terceiro ano, sabendo que tudo o que fizerem enquanto representantes, delegados ou presidentes não será para vós, mas sim para os que vierem depois. Porque se temos liberdade, alguém há de ter lutado por ela. Sejamos assim "Capitães de Abril" nesta terra cujo pôr do sol é, segundo alguns, o mais belo de se ver.

 

Com os votos de um ano académico repleto de sucesso para a ESHTE e toda a sua comunidade académica,

 

João Ganhoteiro Silva

Licenciado em Gestão do Lazer e Animação Turística

Secretário do Conselho Pedagógico da ESHTE