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A Gestão Turística e o Admirável Mundo Novo: o Gestor Turístico  - de Empresas, de Produtos e ee Destinos - Do Futuro e Com Futuro

 

 

Em turismo, pouco é como foi e nada será como é. Em poucas palavras, ilustra-se bem uma das principais características do setor em que nos posicionamos: a sua forte dinâmica ao longo do eixo do tempo, seja pelo acentuar extraordinário das tendências já hoje experimentadas, seja através de inflexões súbitas e inesperadas. Em qualquer dos casos, um novo turismo nos aguarda nas largas alamedas e nas estreitas e sinuosas vias que nos conduzirão ao inquietante, mas admirável, mundo do amanhã. Um turismo pleno de vitalidade, um turismo supersónico, um turismo repleto de oportunidades, mas, simultaneamente, um turismo superiormente competitivo e perigoso, em que os mais aquietados e impreparados dificilmente singrarão e sobreviverão.

 

No quadro de um novo mundo e de um novo turismo, há que formar novos profissionais suscetíveis não só de se adaptarem à mudança, mas, sobretudo, de a protagonizarem. Profissionais novos para o novo turismo, profissionais com atributos ímpares nos domínios do empreendedorismo e da inovação, com flexibilidade e agilidade intelectual, com uma sólida bagagem científica e tecnológica, com clarividência, com valores, com ética.

 

É este profissional que, no âmbito restrito da gestão intermédia e de topo, a licenciatura em Gestão Turística pretende formar e disponibilizar aos mercados de emprego nacionais e internacionais. Este grande objetivo expressa-se através das organizações curriculares, dos conteúdos e das metodologias que formatam o ciclo de estudos em referência, as quais visam não só adequar os seus diplomados aos desafios presentes, mas também criar as condições de base para os mesmos acolherem e superarem - com sucesso - os reptos com que se defrontarão no futuro.

 

A licenciatura em Gestão Turística confere competências, no que respeita aos saberes teóricos, técnicos e operacionais, capazes de permitir uma intervenção pró-ativa no desenvolvimento do sistema turístico, tanto ao nível do planeamento e da operacionalização dos territórios, destinos e produtos turísticos, como do funcionamento das estruturas empresariais turísticas.

 

A excelência no ensino, alicerçada num corpo docente muito qualificado, integrado em vários centros de investigação, e a combinação harmoniosa - e frutífera - entre as componentes teórica e prática das diferentes disciplinas, mas igualmente a orientação do plano curricular para as necessidades das empresas e do tecido socioeconómico em geral, bem como para o incentivo de ações direcionadas para a inovação e o empreendedorismo, permitiram a renovação da certificação de qualidade TedQual atribuída pela Organização Mundial de Turismo e tem proporcionado uma excelente procura da licenciatura em Gestão Turística.

 

Esta licenciatura, disponibilizada em regime Diurno (60 vagas) e em regime Pós-laboral (41 vagas), apresenta uma boa taxa global de sucesso e os níveis de empregabilidade dos graduados não revelam grandes dificuldades de transição para o mercado de trabalho (taxa de empregabilidade de 97,5%, deduzida a partir dos 2,5% de diplomados inscritos, em 2019, nos Centros de Emprego e Formação Profissional). Existem inúmeros graduados em Gestão Turística em cargos de direção e coordenação em diversas empresas e instituições dispersas por Portugal e pelo mundo.

 

O ingresso pelo Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior implica aprovação a 16 – Matemática ou 04 – Economia ou 09 – Geografia. As médias dos últimos colocados na primeira fase em 2018/2019 foram 149,2 valores (regime diurno) e 133,2 valores (regime pós-laboral).

 

No 1.º ano, as seguintes disciplinas são comuns aos dois ramos da licenciatura em Gestão Turística: Inglês e Espanhol, Francês, Alemão ou Italiano (I, II, III e IV); Introdução ao Turismo; Negócios Turísticos; Economia; Tecnologia e Sistemas de Informação I e II; Métodos Quantitativos; Seminário de Metodologia; Direito e Legislação do Turismo; Estudos de Mercado; Cultura Portuguesa; Sistema Turístico; Transportes; Sociologia do Turismo; Recursos Naturais e Culturais; Itinerários Turísticos; Sistemas de Reservas e Fluxos de Informação; Marketing Turístico I e II; Organização de Eventos; Economia do Turismo; Gestão do Conhecimento; Gestão de Negócios Turísticos; Ética e Responsabilidade Social; Estágio I e II; e Inovação e Organização Empresarial.

 

A partir do 2.º ano a licenciatura em Gestão Turística divide-se em dois ramos (opções):

  • Gestão de Empresas Turísticas, que atribui aos seus diplomados a prática de funções de gestão de empresas e serviços turísticos, como administração e direção de departamentos de planeamento e controlo de gestão, marketing, gestão comercial, gestão de recursos humanos, gestão da qualidade, entre outras, suportadas pelas seguintes disciplinas: Geografia e Mercados Turísticos; Contabilidade Geral; Liderança e Cultura Organizacional; Técnicas Financeiras e Fiscalidade; Contabilidade de Gestão; Gestão de Recursos Humanos; Análise e Gestão Financeira; Estratégia Empresarial; e Gestão da Qualidade.
  • Gestão de Produtos Turísticos (em breve Gestão de Destinos e Produtos Turísticos), que habilita os seus graduados no planeamento e no desenvolvimento de destinos turísticos e na conceção e na gestão de produtos turísticos, com prática de funções de coordenação, inovação, marketing, eventos e gestão das atividades turísticas em instituições de âmbito nacional, regional e local, suportadas pelas seguintes disciplinas: Geografia do Turismo I e II; Turismo e Desenvolvimento; Inovação e Desenvolvimento de Produtos Turísticos; Planeamento Turístico I e II; Animação Turística; Sistemas de Informação Geográfica; e Turismo e Ambiente.

 

Numa Escola em que se pretende o reforço da excelência no ensino e a combinação harmoniosa - e proveitosa - entre as componentes teórica e prática, apresentam-se algumas das atividades desenvolvidas na licenciatura em Gestão Turística.

 

  • Os estudantes do 3.º ano realizaram em abril/maio uma visita de estudo pelo Norte, Centro e Alentejo, que envolveu algumas disciplinas. Foi possível apreender a geografia dos territórios turísticos, suas constantes e suas variáveis; contactar com simetrias e assimetrias dos tecidos empresariais; visitar empresas e dialogar com os seus responsáveis e empregadores; vivenciar os diversos “ecossistemas” laborais do turismo; analisar e discutir localmente os efeitos concretos de instrumentos de planeamento turístico; imergir nos destinos turísticos diversificados em vários produtos turísticos estratégicos; analisar e debater modelos de gestão de destinos; partilhar conhecimentos e experiências por parte dos docentes acompanhantes.  
  • No âmbito de Turismo e Ambiente, realiza-se todos os anos uma visita de estudo. A última foi ao Hotel Neya, em Lisboa, com o objetivo de conhecer in loco uma das mais interessantes e bem-sucedidas experiências realizadas em Portugal no contexto das “boas práticas ambientais”.
  • Na disciplina de Itinerários Turísticos, os estudantes do 3.º ano realizaram duas visitas de estudo (Lisboa e Fátima, passando por Óbidos, Alcobaça, Nazaré e Batalha).
  • A disciplina de Planeamento Turístico realiza todos os anos uma visita de estudo com o objetivo de contextualizar o trabalho prático a desenvolver pelos estudantes, bem como servir de área-piloto de aplicação em sala de aula. Durante estas visitas procede-se à apresentação das áreas e dos factos relevantes para a compreensão do território físico e humano, bem como a discussão sumária da aptidão e do potencial para o desenvolvimento turístico
  • No âmbito das atividades de Sistemas de Informação Geográfica, realiza-se todos os anos uma visita de estudo com o objetivo de recolher dados com aparelhos GPS, de modo a suportar a produção de conteúdos turísticos em sala de aula.
  • A disciplina de Recursos Naturais e Culturais realizou, num dos anos anteriores, uma visita de estudo à ilha das Berlengas, com o objetivo de desenvolver a temática da Educação Ambiental em articulação com a valorização turística dos recursos naturais e culturais e a gestão dos espaços naturais protegidos.
  • Os docentes de Estratégia Empresarial organizaram o Seminário High Touch vs High Tech no Turismo. Qual o futuro? Participaram nesta iniciativa Ricardo Morais (Chief Operating Officer do grupo The ART INN), Nuno António (Chief Technology Officer da ITBase) e Rita Neves (mestranda da ESHTE, em estágio nos EUA), bem como os diretores de curso envolvidos.

 

Saídas profissionais:

  • Organização e gestão de eventos em diferentes empresas e instituições
  • Coordenação e gestão estratégica, financeira e operacional em empresas turísticas (agências de viagem, operadores turísticos, rent-a-car, empresas de cruzeiros, transporte aéreo, entre outras)
  • Planeamento e desenvolvimento de destinos turísticos em instituições nacionais e regionais
  • Direção de departamentos comerciais em empreendimentos hoteleiros
  • Conceção, inovação, marketing e gestão de produtos turísticos em instituições nacionais, regionais e locais
  • Gestão de sistemas de informação, marketing, comunicação e distribuição em empresas turísticas
  • Gestão de “Destinations Management Organization”
  • (…)

 

A preferência pela licenciatura em Gestão Turística

 

Em acréscimo ao desenvolvimento de conhecimentos técnicos e científicos suscetíveis de promover a eficiência e o sucesso profissional no presente, procura-se formar

  • cidadãos responsáveis e conscientes da inserção do Turismo na comunidade e no mundo
  • profissionais capazes de adquirir, reconhecer e depurar o conhecimento útil, com liberdade e discernimento, com abertura de espírito e inquietação
  • diplomados solidamente preparados para os desafios do futuro

Ou seja, entre outros aspetos, cidadãos graduados capazes de trabalhar em equipa, de serem detentores de uma visão interconectada da ciência e da realidade, com uma sólida base humanista e tecnológica. Em poucas palavras: formar gestores turísticos para o admirável mundo novo.

 

Quer ser um gestor turístico deste admirável mundo novo?

 

Esperamos por si!

 

 

João Reis

Doutorado em Geografia pela Universidade de Lisboa

Diretor da Licenciatura em Gestão Turística